quinta-feira, abril 28, 2005

Diria que sem retorno...

Bilhetes de avião comprados. Reservas de hoteis feitas - hoje recebi as respostas das pré-reservas; apenas o Hotel Medosz em Budapeste me diz já não ter quartos "single" para as minhas datas e sugere-me um quarto com cama dupla; a diferença de preço não é nenhum exagero, simpatizei com as fotos do hotel, e sobretudo agradou-me a sua centralidade e o facto de ter estação de metro "à porta". Amanhã devo ter a confirmação.



(foto de uma vista a partir do Hotel Medosz)

Portanto diria que neste momento cheguei ao ponto de não retorno.

O "voucher" do Hotel Abe de Praga sugere-me ter um taxi à minha chegada para me levar directo ao hotel: "this service is the safest because you cannot get ripped of by a taxi driver which is very common for Czech taxi drivers". Como vou chegar às 10:30 da noite e o preço do taxi não passa os 10 euros, acho que vou querer. Por outro lado, como não espero fazer viagens de taxi, seja onde for para não ser "ripped of"... uma vez não são vezes.

O meu meio de transporte preferido nas cidades é a pé. Normalmente desloco-me do sítio onde pernoito até um determinado sítio na cidade - de metro é mais rápido e eficaz - e depois então começa o meu dia. Gosto de os pré programar, embora depois dê espaço de manobra para improvisos e poder "cheirar a cidade das pessoas".
O chato nesta viagem de agora e que desde já antevejo, é o facto de estar rodeado de turistas... mês de agosto... em Praga é certo e sabido. Claro que há sítios "obrigatórios" (mas, agora pensando bem também em Paris ou Londres os há...); no entanto o que mais gozo me dá é o de entrar em bairros, digamos, desconhecidos-para-turista-ver. Entrar num mercado onde a "gente normal" vai às compras e comprar um queijo (adoro queijos; da última vez em Paris, perdi a cabeça! andei quatro dias a almoçar queijos e pâtés variados - não enjoei e ainda levei alguns para Londres).
Comprar umas especialidades do sítio num mercado e piquenicar ao almoço; ou entrar num restaurante onde as "pessoas verdadeiras" vão e almoçar o que elas almoçam... tal qual.

Lembro um jantar em Sofia com o Matos Cruz: eramos convidados pelo ICAM da altura (1982, 1983?), numa mostra de cinema português; estávamos fartos dos jantares no mesmo hotel: estrangeiros só em hoteis (muito pirosos!) e com uma comida sensaborona. Uma noite eu e o Matos Cruz resolvemos sair da área do hotel, andar pela cidade fora à procura de um restaurante qualquer que não para turistas; acabamos no que nos parceu um "restaurante normal" com "pessoas normais": parecia um refeitório de uma fábrica, tipo self service: apontamos para uns pratos expostos com uma carne estufada com batatas e lá jantámos - não lembro da sobremesa - estava saboroso, divertimo-nos imenso, e provámos um verdadeiro prato búlgaro; ah! agora me lembro: acompanhado com pepinos muito pequenos (optimos!) e no final uma espécie de tarte com um doce qualquer feito à base de iogurte (assim nos pareceu); nem eu nem o Matos Cruz falamos búlgaro, nem os búlgaros falavam qualquer lingua "civilizada" (para nós), portanto não faço ideia do que comemos. Foi uma experiência divertidíssima.

Espero por essas experiencias divertidas e que dão a côr, o sal e pimenta a uma viagem.

Sem comentários:

 

Powered by Blogger * * * * * Web Blog Pinging Service * * * * * * * * * * * * * * * Blog Flux Directory