Só hoje, praticamente quatro meses depois de ter estado em Colónia soube que aquela cidade alberga o Museu Ludwig - um dos museus mais completos sobre "Pop Art"... se eu soubesse...
A memória que mantenho de Colónia é - como não podia deixar de ser - o do peso esmagador da Catedral e ao mesmo tempo da delicadeza do seu rendilhado.
Uma cidade com algumas curiosidades (que é preciso descobrir)
deambulando pela cidade encontram-se construções interessantes de arquitectura mais clássica e tipicamente alemã
embora por outro lado se estejam a erguer mesmo no centro edificios de arquitectura contemporanea
Cidade de contrastes para se visitar com calma e sem colocar as expectativas muito altas de forma a poder ser-se surpreendido.
(E a não esquecer o museu Ludwig, com uma muito expressiva colecção do Andy Warhol e não só - isso, para mim, ficará para outra visita.)
terça-feira, dezembro 13, 2005
sábado, dezembro 03, 2005
Memória - Budapeste 2
Ainda agora, a quase três meses de distância, é a arquitectura da cidade (sobretudo a mais "tradicional", do início do séc.XX) que retenho na memória. Pelos seus promenores
pelos conjuntos arquitectónicos
outros mais modernos
A enorme ampulheta lembra o visitante que a arte contemporânea está viva em Budapeste
assim como a escultura de um cavalo alado presente na Exposição de Hanover de 2000
ou a estátua ao "escritor desconhecido"
É claro que a glorificação nacional não fica esquecida, sobretudo na enorme "Praça aos heróis"
tal como os memoriais aos mortos das guerras
ou a revolta de 1956
Budapeste é uma cidade de facto monumental
é uma cidade para voltar
pelos conjuntos arquitectónicos
outros mais modernos
A enorme ampulheta lembra o visitante que a arte contemporânea está viva em Budapeste
assim como a escultura de um cavalo alado presente na Exposição de Hanover de 2000
ou a estátua ao "escritor desconhecido"
É claro que a glorificação nacional não fica esquecida, sobretudo na enorme "Praça aos heróis"
tal como os memoriais aos mortos das guerras
ou a revolta de 1956
Budapeste é uma cidade de facto monumental
é uma cidade para voltar
sábado, novembro 19, 2005
Memória - Budapeste 1
Pois... sobretudo depois de Bratislava, Budapeste é uma grande cidade, um grande centro cosmopolita.
Desde logo era a segunda cidade do Império austro-hungaro. E era daqui que partia o célebre (e luxuoso) "Expresso do Oriente".
A cidade fez-me lembrar, principalmente o centro (um centro enorme!), a Paris dos "grands boulevards". Avenidas imensas e largas, bordejadas por árvores, com bastante trânsito às horas de ponta
e depois a própria arquitectura: sobretudo do início do séc.XX, muito semelhante (mais uma vez) à arquitectura mais tradicional dos "boulevards" parisienses.
Um senão, que não é pequeno e que faz pena: a falta de conservação (pelo menos exterior) de grande parte dos edifícios - muitas (e estou a dizer muitas!) varandas "amparadas" por estacas de madeira
outros com as fachadas decorativas quase desfeitas
mas percebe-se que tem havido um esforço para a reabilitação desses edificios
e não só por fora; muitos deles abandonados e (aparentemente) a serem reconstruidos para habitação dos sem-abrigo (mesmo no centro da cidade)
(Aliás não é só aqui em Budapeste que encontrei, com frequência, sem-abrigo: o mesmo tinha acontecido em qualquer das outras cidades. Em Berlim a dormirem debaixo de pontes, em Praga nos jardins, (e estou a relembrar o que vi), em Viena outra vez em jardins e no espaço que de dia era um mercado, em Bratislava fora da "centro histórico", agora, em Budapeste, atravessei uma passagem subterrânea com acesso ao metro onde encostados a uma parede se encontravam várias "camas" de papelão... - por pudor não fotografei.)
Obras de arquitectura contemprânea também têm o seu espaço
Senti-me, de facto, numa grande cidade: uma vida cultural activissima: ao lado de cartazes anunciando um concerto (já passado) do Placido Domingo
outro (também já passado) do Marilyn Mason
(que ao que parece esgotou os 12500 lugares - o que também não é difícil de perceber dada a quantidade de "góticos" nesta cidade).
Desde logo a Ópera
os vários Teatros
os museus...
quando quis visitar o apelativo (pelo menos por fora) "Museu de Artes Decorativas" (até porque chovia torrencialmente)
fui impedido, já que ali se rodava um filme... Aliás nos 3 dias e meio que estiva em Budapeste dei por três filmagens...
Como grande cidade que é, não deixa de ter um Centro de Arte Contemporânea, com um jardim muito bem "esgalhado"
onde estão expostas várias obras escultóricas.
Um parque enorme onde se espalham várias construções imperiais: palácios, palacetes
banhos...
Mas tenho apenas falado de Peste e não de Buda, ambas apenas ligadas a partir do séc.XIX, pela série de pontes que entretanto foram aproximando as duas partes da cidade: a "Ponte das Correntes"
a "Ponte da Liberdade"
a "Ponte Margrit"
e mais outras menos "emblemáticas").
Buda pareceu-me, pela pequena incursão que fiz, menos interessante.
Desde logo era a segunda cidade do Império austro-hungaro. E era daqui que partia o célebre (e luxuoso) "Expresso do Oriente".
A cidade fez-me lembrar, principalmente o centro (um centro enorme!), a Paris dos "grands boulevards". Avenidas imensas e largas, bordejadas por árvores, com bastante trânsito às horas de ponta
e depois a própria arquitectura: sobretudo do início do séc.XX, muito semelhante (mais uma vez) à arquitectura mais tradicional dos "boulevards" parisienses.
Um senão, que não é pequeno e que faz pena: a falta de conservação (pelo menos exterior) de grande parte dos edifícios - muitas (e estou a dizer muitas!) varandas "amparadas" por estacas de madeira
outros com as fachadas decorativas quase desfeitas
mas percebe-se que tem havido um esforço para a reabilitação desses edificios
e não só por fora; muitos deles abandonados e (aparentemente) a serem reconstruidos para habitação dos sem-abrigo (mesmo no centro da cidade)
(Aliás não é só aqui em Budapeste que encontrei, com frequência, sem-abrigo: o mesmo tinha acontecido em qualquer das outras cidades. Em Berlim a dormirem debaixo de pontes, em Praga nos jardins, (e estou a relembrar o que vi), em Viena outra vez em jardins e no espaço que de dia era um mercado, em Bratislava fora da "centro histórico", agora, em Budapeste, atravessei uma passagem subterrânea com acesso ao metro onde encostados a uma parede se encontravam várias "camas" de papelão... - por pudor não fotografei.)
Obras de arquitectura contemprânea também têm o seu espaço
Senti-me, de facto, numa grande cidade: uma vida cultural activissima: ao lado de cartazes anunciando um concerto (já passado) do Placido Domingo
outro (também já passado) do Marilyn Mason
(que ao que parece esgotou os 12500 lugares - o que também não é difícil de perceber dada a quantidade de "góticos" nesta cidade).
Desde logo a Ópera
os vários Teatros
os museus...
quando quis visitar o apelativo (pelo menos por fora) "Museu de Artes Decorativas" (até porque chovia torrencialmente)
fui impedido, já que ali se rodava um filme... Aliás nos 3 dias e meio que estiva em Budapeste dei por três filmagens...
Como grande cidade que é, não deixa de ter um Centro de Arte Contemporânea, com um jardim muito bem "esgalhado"
onde estão expostas várias obras escultóricas.
Um parque enorme onde se espalham várias construções imperiais: palácios, palacetes
banhos...
Mas tenho apenas falado de Peste e não de Buda, ambas apenas ligadas a partir do séc.XIX, pela série de pontes que entretanto foram aproximando as duas partes da cidade: a "Ponte das Correntes"
a "Ponte da Liberdade"
a "Ponte Margrit"
e mais outras menos "emblemáticas").
Buda pareceu-me, pela pequena incursão que fiz, menos interessante.
terça-feira, novembro 01, 2005
Memória - Bratislava
Ao relembrar os 2 dias e meio que estive em Bratislava, agora que já passaram mais de 2 meses, ocorrem-me pensamentos contraditórios. Se por um lado Bratislava tem um centro histórico impressivo e que vale a pena visitar,
de edificios mais antigos outros mais "modernos"
já o resto da cidade que vi pouco ou nenhum interesse me despertou
uma ou outra tentativa de arquitectura mais ousada ou original
(este curioso edificio, onde está instalada a Rádio Nacional, ao que consta custou uma fortuna e apenas depois de construido se percebeu que nele não entrava luz do dia, donde todas as salas e escritórios têm que ser permanentemente iluminados com luz artificial)
apenas a ponte nova, pela elegância da arquitectura e arrojo da engenharia, me marcou.
É, penso, o problema – já sentido em Praga, embora de forma mais atenuada – das cidades (apenas das cidades?) que se desenvolveram sob um regime comunista, centralizado, de construção massificada...
Cidades dormitórios cinzentos, iguais, desinteressantes a rodearem o centro histórico – qual museu vivo, onde se percebe uma grande preocupação na recuperação e manutenção de tudo quanto pode constituir "mais-valia" turística.
E é no turismo, apostando sobretudo no centro histórico e no castelo
que Bratislava se pretende afirmar. Pequenas acções culturais (exposições, concertos), eventos de rua acontecem diariamente – pelo menos durante o período de maior afluência turística.
Recuperação (lenta) do património existente: belas igrejas
fachadas de edifícios
ruelas estreitas, aqui e ali uma ponta de humor.
E como não podia deixar de ser, de vez em quando, algo que nos faz lembrar as guerras ou o antigo regime.
Bratislava é, conforme escrevi no meu diário, uma cidadezinha simpática, que vale a pena ser visitada desde que não se esteja à espera de encontrar uma "grande capital" europeia.
de edificios mais antigos outros mais "modernos"
já o resto da cidade que vi pouco ou nenhum interesse me despertou
uma ou outra tentativa de arquitectura mais ousada ou original
(este curioso edificio, onde está instalada a Rádio Nacional, ao que consta custou uma fortuna e apenas depois de construido se percebeu que nele não entrava luz do dia, donde todas as salas e escritórios têm que ser permanentemente iluminados com luz artificial)
apenas a ponte nova, pela elegância da arquitectura e arrojo da engenharia, me marcou.
É, penso, o problema – já sentido em Praga, embora de forma mais atenuada – das cidades (apenas das cidades?) que se desenvolveram sob um regime comunista, centralizado, de construção massificada...
Cidades dormitórios cinzentos, iguais, desinteressantes a rodearem o centro histórico – qual museu vivo, onde se percebe uma grande preocupação na recuperação e manutenção de tudo quanto pode constituir "mais-valia" turística.
E é no turismo, apostando sobretudo no centro histórico e no castelo
que Bratislava se pretende afirmar. Pequenas acções culturais (exposições, concertos), eventos de rua acontecem diariamente – pelo menos durante o período de maior afluência turística.
Recuperação (lenta) do património existente: belas igrejas
fachadas de edifícios
ruelas estreitas, aqui e ali uma ponta de humor.
E como não podia deixar de ser, de vez em quando, algo que nos faz lembrar as guerras ou o antigo regime.
Bratislava é, conforme escrevi no meu diário, uma cidadezinha simpática, que vale a pena ser visitada desde que não se esteja à espera de encontrar uma "grande capital" europeia.
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