Ao relembrar os 2 dias e meio que estive em Bratislava, agora que já passaram mais de 2 meses, ocorrem-me pensamentos contraditórios. Se por um lado Bratislava tem um centro histórico impressivo e que vale a pena visitar,
de edificios mais antigos outros mais "modernos"
já o resto da cidade que vi pouco ou nenhum interesse me despertou
uma ou outra tentativa de arquitectura mais ousada ou original
(este curioso edificio, onde está instalada a Rádio Nacional, ao que consta custou uma fortuna e apenas depois de construido se percebeu que nele não entrava luz do dia, donde todas as salas e escritórios têm que ser permanentemente iluminados com luz artificial)
apenas a ponte nova, pela elegância da arquitectura e arrojo da engenharia, me marcou.
É, penso, o problema – já sentido em Praga, embora de forma mais atenuada – das cidades (apenas das cidades?) que se desenvolveram sob um regime comunista, centralizado, de construção massificada...
Cidades dormitórios cinzentos, iguais, desinteressantes a rodearem o centro histórico – qual museu vivo, onde se percebe uma grande preocupação na recuperação e manutenção de tudo quanto pode constituir "mais-valia" turística.
E é no turismo, apostando sobretudo no centro histórico e no castelo
que Bratislava se pretende afirmar. Pequenas acções culturais (exposições, concertos), eventos de rua acontecem diariamente – pelo menos durante o período de maior afluência turística.
Recuperação (lenta) do património existente: belas igrejas
fachadas de edifícios
ruelas estreitas, aqui e ali uma ponta de humor.
E como não podia deixar de ser, de vez em quando, algo que nos faz lembrar as guerras ou o antigo regime.
Bratislava é, conforme escrevi no meu diário, uma cidadezinha simpática, que vale a pena ser visitada desde que não se esteja à espera de encontrar uma "grande capital" europeia.
terça-feira, novembro 01, 2005
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