Pois... sobretudo depois de Bratislava, Budapeste é uma grande cidade, um grande centro cosmopolita.
Desde logo era a segunda cidade do Império austro-hungaro. E era daqui que partia o célebre (e luxuoso) "Expresso do Oriente".
A cidade fez-me lembrar, principalmente o centro (um centro enorme!), a Paris dos "grands boulevards". Avenidas imensas e largas, bordejadas por árvores, com bastante trânsito às horas de ponta
e depois a própria arquitectura: sobretudo do início do séc.XX, muito semelhante (mais uma vez) à arquitectura mais tradicional dos "boulevards" parisienses.
Um senão, que não é pequeno e que faz pena: a falta de conservação (pelo menos exterior) de grande parte dos edifícios - muitas (e estou a dizer muitas!) varandas "amparadas" por estacas de madeira
outros com as fachadas decorativas quase desfeitas
mas percebe-se que tem havido um esforço para a reabilitação desses edificios
e não só por fora; muitos deles abandonados e (aparentemente) a serem reconstruidos para habitação dos sem-abrigo (mesmo no centro da cidade)
(Aliás não é só aqui em Budapeste que encontrei, com frequência, sem-abrigo: o mesmo tinha acontecido em qualquer das outras cidades. Em Berlim a dormirem debaixo de pontes, em Praga nos jardins, (e estou a relembrar o que vi), em Viena outra vez em jardins e no espaço que de dia era um mercado, em Bratislava fora da "centro histórico", agora, em Budapeste, atravessei uma passagem subterrânea com acesso ao metro onde encostados a uma parede se encontravam várias "camas" de papelão... - por pudor não fotografei.)
Obras de arquitectura contemprânea também têm o seu espaço
Senti-me, de facto, numa grande cidade: uma vida cultural activissima: ao lado de cartazes anunciando um concerto (já passado) do Placido Domingo
outro (também já passado) do Marilyn Mason
(que ao que parece esgotou os 12500 lugares - o que também não é difícil de perceber dada a quantidade de "góticos" nesta cidade).
Desde logo a Ópera
os vários Teatros
os museus...
quando quis visitar o apelativo (pelo menos por fora) "Museu de Artes Decorativas" (até porque chovia torrencialmente)
fui impedido, já que ali se rodava um filme... Aliás nos 3 dias e meio que estiva em Budapeste dei por três filmagens...
Como grande cidade que é, não deixa de ter um Centro de Arte Contemporânea, com um jardim muito bem "esgalhado"
onde estão expostas várias obras escultóricas.
Um parque enorme onde se espalham várias construções imperiais: palácios, palacetes
banhos...
Mas tenho apenas falado de Peste e não de Buda, ambas apenas ligadas a partir do séc.XIX, pela série de pontes que entretanto foram aproximando as duas partes da cidade: a "Ponte das Correntes"
a "Ponte da Liberdade"
a "Ponte Margrit"
e mais outras menos "emblemáticas").
Buda pareceu-me, pela pequena incursão que fiz, menos interessante.
sábado, novembro 19, 2005
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