(depois do jantar)
Voltei hoje ao "asiático" onde comi mais moderadamente. Nao encontro aqui pelas redondezas nenhum outro restaurante onde me apeteça jantar: há uns italianos - de vela na mesa - e uns turcos...
Aliás reforço a ideia de haver uma grande comunidade turca aqui em Berlim.
(do Diário de Bordo:)
Que belo início de dia: o sol brilha, ameaça vir estar um belo dia (o que se confirmou); com a minha "bica" matinal oiço a voz transparente da Teresa Salgueiro. (quem diria...)
13h30 - de dentro do café (dpois do almoço) vem um dueto operático de Verdi que não consigo identificar. O café chama-se "Espresso italiano" e o café não é mau.
Cá fora um solzinho que me lembra o de Lisboa, não fora uma ou outra nuvem e uma brisa fresca constante. A meio da manhã esteve cinzento carregado; nada que me assuste.
Não consigo resistir às saladas prontas a comer que vendem nos supermercados e nalguns cafés. Hoje ao café das 11 (fraquito, por sinal) comprei uma salada "mediterrânica" (alface, tomate, couve branca, cenoura, frango) que se revelou de facto extraordinária; comida, com apetite, à beira do rio Spree.
Por ser 2ª feira os museus estão fechados, assim os meus planos tiveram que ser alterados; amanhã então sim, irei ver a exposicao de 100 anos de Impressionismo, e à tarde o museu de História Antiga.
Aproveitei a manhã para ir à zona do ex-leste e ao que resta do "muro", na Bernauerstrasse.
Voltei, depois, a flanar ao sabor da corrente em direcção ao Reichstag (a ver a seguir; depois do café).
Os graffiti começam a fascinar-me (nem todos, claro), tenho visto e fotografado alguns verdadeiramente bons; aliás, em Lisboa, ja tinha sido despertado para esta forma de intervenção e de expressão (artistica? - nalguns casos nao tenho duvida).
isto não é preferivel a um muro branco? ou mesmo isto?
(16 horas)
Sento-me no relvado em frente ao renovado Bundestag, depois de ter atravessado a brutal monumentalidade da chamada Ilha dos Museus, depois de ter passado a Porta de Brandenburgo. Lembro igualmente algumas imagens de filmes da Riefenstal. Uma ideia não me sai da cabeça; provavelmente não serei o primeiro a expressar tal pensamento tão politicamente incorrecto.
Sou agora capaz de imaginar o que terá levado uma mente insana "dona" de tais grandezas monumentais e de um povo extraordinario, a poder tornar-se em Hitler e sonhado o poder total.
Mais tarde impressiona e arrepia a solidão daquela escultura: mulher com um filho moribundo ao colo, na imensidão da sala de paredes brancas e nuas, apenas iluminada por uma abertura redonda no tecto; mulher simbolizando a Alemanha depois da Guerra.
Apesar dos 60 anos passados, Berlim ainda é a cidade da II Grande Guerra (nunca fui a Hiroshima).
boa noite.
Voltei hoje ao "asiático" onde comi mais moderadamente. Nao encontro aqui pelas redondezas nenhum outro restaurante onde me apeteça jantar: há uns italianos - de vela na mesa - e uns turcos...
Aliás reforço a ideia de haver uma grande comunidade turca aqui em Berlim.
(do Diário de Bordo:)
Que belo início de dia: o sol brilha, ameaça vir estar um belo dia (o que se confirmou); com a minha "bica" matinal oiço a voz transparente da Teresa Salgueiro. (quem diria...)
13h30 - de dentro do café (dpois do almoço) vem um dueto operático de Verdi que não consigo identificar. O café chama-se "Espresso italiano" e o café não é mau.
Cá fora um solzinho que me lembra o de Lisboa, não fora uma ou outra nuvem e uma brisa fresca constante. A meio da manhã esteve cinzento carregado; nada que me assuste.
Não consigo resistir às saladas prontas a comer que vendem nos supermercados e nalguns cafés. Hoje ao café das 11 (fraquito, por sinal) comprei uma salada "mediterrânica" (alface, tomate, couve branca, cenoura, frango) que se revelou de facto extraordinária; comida, com apetite, à beira do rio Spree.
Por ser 2ª feira os museus estão fechados, assim os meus planos tiveram que ser alterados; amanhã então sim, irei ver a exposicao de 100 anos de Impressionismo, e à tarde o museu de História Antiga.
Aproveitei a manhã para ir à zona do ex-leste e ao que resta do "muro", na Bernauerstrasse.
Voltei, depois, a flanar ao sabor da corrente em direcção ao Reichstag (a ver a seguir; depois do café).
Os graffiti começam a fascinar-me (nem todos, claro), tenho visto e fotografado alguns verdadeiramente bons; aliás, em Lisboa, ja tinha sido despertado para esta forma de intervenção e de expressão (artistica? - nalguns casos nao tenho duvida).
isto não é preferivel a um muro branco? ou mesmo isto?
(16 horas)
Sento-me no relvado em frente ao renovado Bundestag, depois de ter atravessado a brutal monumentalidade da chamada Ilha dos Museus, depois de ter passado a Porta de Brandenburgo. Lembro igualmente algumas imagens de filmes da Riefenstal. Uma ideia não me sai da cabeça; provavelmente não serei o primeiro a expressar tal pensamento tão politicamente incorrecto.
Sou agora capaz de imaginar o que terá levado uma mente insana "dona" de tais grandezas monumentais e de um povo extraordinario, a poder tornar-se em Hitler e sonhado o poder total.
Mais tarde impressiona e arrepia a solidão daquela escultura: mulher com um filho moribundo ao colo, na imensidão da sala de paredes brancas e nuas, apenas iluminada por uma abertura redonda no tecto; mulher simbolizando a Alemanha depois da Guerra.
Apesar dos 60 anos passados, Berlim ainda é a cidade da II Grande Guerra (nunca fui a Hiroshima).
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