(depois do jantar)
Chove, novamente a cântaros, e não tive outra alternativa senão a de vir para o hotel. A internet é de borla, mas tive de esperar um bocado pela minha vez e, parece, haver já mais um tipo à minha espera - passo ao essencial.
(ontem ao jantar)
Assumi-me, claramente, como turista (como todos os outros) e resolvi "abancar" na esplanada de um restaurante na praça principal e pedir um prato "mesmo" eslovaco. Isto deve ser como um tipo sentar-se no Nicola ou na Brasileira e pedir um "Bacalhau à Braz" ou um "Cozido à portuguesa"...
À tarde tinha visto uns restaurantes no mercado principal; pensava lá ir jantar. Mentira. Estavam todos fechados quando lá cheguei. Se por acaso amanhã, domingo, estiverem abertos, é onde venho almoçar.
Mas não me arrependo. Uma espécie de WienerSchnietzel (talvez não seja tão eslovaco quanto isso, mas mais vienense...) soube-me bem, sobretudo tendo ao fundo, no palco da praça, um conjunto de jazz com um "ganda" sax a dar "show"! Excelente jazz!
Dou por mim a pensar na diferença entre checos e eslovacos e na sua separação: independentemente das razões económicas que pesaram muito (os checos - mais ricos - sempre acharam que não deveriam "suportar" os custos dos "pobres" eslovacos) encontro razões de outra ordem, mais culturais: os checos mais ocidentais, a penderem mais para o "germânico" (até na aparencia física), os eslovacos claramente na fronteira entre a europa ocidental e oriental - quase eslavos, mas ainda não completamente... Estranho...
(hoje, 19h10)
Começa a cair uma carga de água de todo o tamanho. Por acaso apanha-me numa esplanada coberta - a cervejinha do fim da tarde.
Hoje o dia quase não teve historia. Umas voltinhas de manhã pela parte antiga da cidade: deserta (por ser domingo?). Prefiro-a assim. Passo pelo mercado e percebo que os restaurantes fecham as 9h. Decido então vir aqui jantar, a horas...
Ao fim da manhã encontro, já fora da "Stare Mesto" (cidade "velha") um grande armazém aberto. Entro por curiosidade. Também tem supermercado - é lá que acabo por comprar os petiscos para o almoço.
Lembro-me que estou a precisar de comprar "slips".
Aqui vai a "petite histoire" do dia.
Secção de roupa para homem: não encontro o que quero. Dirijo-me a uma empregada: não fala nem alemão nem inglês. Digo-lhe "slips" e indico com os dedos o sítio onde se vestem. Sorriso aberto: percebeu!; aponta-me numa direcção e diz umas palavras, para mim ininteligiveis. Ora bolas: fatos de banho para homem... não era exactamente isto que eu queria... não me fiz entender... Dirijo-me a outra empregada; não sou de modas: levanto o polo e puxo uma ponta do "slip" que trago; "Slips?"; e num inglês escorreito ela indica-me onde os posso encontrar...
À tarde resolvi dar uma volta pela cidade "menos turistica" - urbanização e arquitectura incaracteristica e desinteressante (dormitórios).
Acabo subindo ao Castelo - afinal a grande "atracção turistica" de Bratislava (segundo todas as indicações e guias turisticos).
É o tipo de local que não aprecio particularmente. Claro que tem uma vista panorâmica e única sobre a cidade e sobre o Danúbio.
A chuva entretanto passou; vou jantar ao mercado... a ver vamos.
Isto, nem todos os dias podem ser perfeitos, não é?
Afinal os restaurantes no mercado fecham de facto as 9h - aos dias de semana!; sábados e domingos fecham as 7! Cheguei as 8h... Paciencia!
Mais uma vez, como qualquer turista, acabo por ir parar a um restaurante, numa ruazinha da cidade velha; com velinha na mesa e tudo... (os preços aqui são bastante inferiores aos de Lisboa).
Diz o empregado (ele pode dizer o que quiser...) que o peito de pato assado é uma especialidade eslovaca... estou por tudo... venha o peito do pato.
O peito do pato: o molho - especialidade eslovaca ou não - era de facto espectacular (mas não faço ideia dos ingredientes... beterraba vermelha? um tudo nada adocicado...). O peito propriamente dito podia ser menos seco; as batatas salteadas que acompanhavam eram bastante boas, tal como a salada. A conta, no fim, com cerveja e café (ou uma especie de...) excedeu ligeiramente o que costumo pagar na Amadora na tasquinha da D.Fernanda...
Na praça principal um malabarista entretem os turistas.
Amanhã parto para Budapeste.
Bratislava continua a ser, para mim, uma muito simpática cidadezinha de província.
Boa noite!
domingo, agosto 21, 2005
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