(postado no dia seguinte em Bratislava, segundo o Diário de Bordo)
(à saída do Museu de Arte Antiga - 16.30)
Bom, ficou por ver a colecção egípcia e do próximo oriente, a colecção de esculturas e artes decorativas, a colecção greco-romana, a exposição das obras de arte pertencentes aos Habsburgos, a colecção de pintura espanhola e italiana e francesa. Então o que vi eu no museu (?) apenas (apenas??????) a colecção de pintura flamenga (2 horas...). Riquíssima colecção; extraordinária "escola" - sobretudo, e para mim, pela luz: as fontes de luz, pela "iluminação" escolhidas pelos pintores (Vermeer!); gosto particularmente dos retratos, mas posso lá deixar de me deleitar com as enormes cenas do Brueghel, onde "pequenos acontecimentos" acabam por encher a tela, um espaço imenso... Impossível falar de todos...
Pena nao poder ficar mais tempo em Viena...
(no comboio para Bratislava)
Berlim, Praga, Viena. O que mais me marcou (telegraficamente): Berlim - a arquitectura que foi e está a ser feita depois da reunificação; Praga - a arte na rua e a unidade arquitectónica e urbanistica da cidade; Viena - a quantidade, diversidade e qualidade da oferta cultural.
A voltar, com mais tempo, a qualquer destas cidades.
A recomendar com urgência.
Ironia / entro na Eslovaquia a ler o "Le Monde"... Ainda em Viena, não sabendo nada do que se passa pelo mundo fora, acabo por comprar um jornal... Calhou o "Le Monde"... (parece que Portugal ainda existe: não há notícias sobre o rectângulo...)
Nota: (já escrita em Bratislava)
As sequelas da II Grande Guerra persistem nas três cidades visitadas. Vem isto a propósito de ainda ontem em Viena ter-me deparado, inesperadamente, no meio de uma enorme praça, no caminho para o Museu de uma especie de "quintal" (grande) rodeado de tábuas toscas, portas velhas, armações de janelas, tudo quanto pudesse delimitar um bocado de terra. No quintal, dividido em "quarteirões", encontravam-se couves, tomates, batatas, cenouras, etc... - dizia a tabuleta explicativa que aquela horta, embora verdadeira, era uma réplica da que existiu naquele local a seguir ao fim da guerra, quando os vienenses eram obrigados a plantar e semear o que pudessem para sobreviver... e tudo isto mesmo ao lado de dois palácios (reconstruidos) e tendo a Catedral ao fundo.
Isto arrepia!
[Escrevo esta nota em Bratislava, depois de ter passado por um monumento aos "partisants" (os resistentes à ocupação alemã) e depois de ter passado por outro monumento, este, aos "heróicos soldados soviéticos" que ajudaram a libertar a cidade].
(Não tenho tempo para mais web por hoje; eventualmente com bastantes erros - não vou perder tempo com a "revisão"; ainda por cima os teclados são ligeiramente diferentes, não só aqui).
Boa noite!
sábado, agosto 20, 2005
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