(depois do jantar)
Cheguei a Viena perto das cinco, com a mesma chuva com que deixei Praga. Espero que o tempo melhore.
Eu sei que deveria ter comido ao jantar qualqer coisa como Wienerschnietzel (ou algo de semelhante), mas não... acabei por jantar num restaurante tailandês...
(acho que vou ter que ensinar à minha empregada pratos chineses, coreanos, tailandeses... )
O jantar foi óptimo. Só foi pena nao ter tido uma velhinha tailandesa a conversar comigo e a aconselhar-me o que comer... é que as empregadas fazem-no por profissão e não com o gosto da coreana de ontem.
Primeiras impressões (nocturnas) de Viena: cidade da música! Sem dúvida! nao deu para ver muito, mas percebi rapidamente que é uma cidade que cultiva, nem que seja para turista, a música clássica; anúncios por todo o lado chamam a atenção para concertos com artistas de primeiro plano...
E depois, sem querer, na minha primeira pequena incursão pela cidade dou de caras, ao fim de cinco minutos, com o edifício da Opera!
É tão engraçado o alemão falado pelos austríacos! Pronúncia mais cantada e menos agreste. Lembro as operetas do Franz Lehar que por vezes oiço em casa.
(do Diário de Bordo - ainda em Praga)
Espero no restaurante do hotel pelo táxi. Não que a estação seja longe - 10 minutos a pé se tanto - mas chove. Não uma chuva miudinha como a de ontem, mas chove. E depois há a mala - com mais tretas do que o necessário... (desculpa esfarrapada: não sabia que tempo iria encontrar, donde... trouxe de quase tudo!)
Levo boas recordações de Praga, a todos os níveis (ou quase).
Fico com a impressão de que Praga (ou toda a Republica Checa?) esta em transformação, nao tanto urbanística e arquitectonicamente - Berlim, pelo contrário está - mas mais pelas pessoas, pelo ar que se respira. Apenas tenho como comparação Sofia há um bom par de anos atrás: cidade cinzenta, pessoas cinzentas (amorfas? tristes?). Agora em Praga se por um lado se sente a iniciativa privada a funcionar em grande força, continua a encontrar-se "funcionários" (os empregados das casas de banho públicas são, para mim, o paradigma).
Percebe-se que há o cuidado na perservação dos edifícios mais antigos (a arquitectura do início do sec.XX tem uma beleza muito especial e prolonga-se ao longo de imensos quarteirões)
mas depois, repentinamente, encontra-se, paredes meias, enormes edificios, maciços, de arquitectura "sovietica"; em prédios de habitação ou edifícios de serviços, alto-relevos "elogiam" as classes "operárias", os agricultores, os soldados e até os intelectuais - mas tudo cinzento pelo passar dos anos, não limpam a fachada há que tempos, o que torna tudo mais cinzento ainda (alguma espécie de vergonha ou remorso? de querer esconder ou esquecer o passado?).
a contrastar, de modo muito gritante, peças de arte contemporaneas, arrojadas, espalhadas sobretudo pelo centro histórico da cidade.
E agora Viena! (espero por um tempo menos chuvoso)
Boa noite!
Cheguei a Viena perto das cinco, com a mesma chuva com que deixei Praga. Espero que o tempo melhore.
Eu sei que deveria ter comido ao jantar qualqer coisa como Wienerschnietzel (ou algo de semelhante), mas não... acabei por jantar num restaurante tailandês...
(acho que vou ter que ensinar à minha empregada pratos chineses, coreanos, tailandeses... )
O jantar foi óptimo. Só foi pena nao ter tido uma velhinha tailandesa a conversar comigo e a aconselhar-me o que comer... é que as empregadas fazem-no por profissão e não com o gosto da coreana de ontem.
Primeiras impressões (nocturnas) de Viena: cidade da música! Sem dúvida! nao deu para ver muito, mas percebi rapidamente que é uma cidade que cultiva, nem que seja para turista, a música clássica; anúncios por todo o lado chamam a atenção para concertos com artistas de primeiro plano...
E depois, sem querer, na minha primeira pequena incursão pela cidade dou de caras, ao fim de cinco minutos, com o edifício da Opera!
É tão engraçado o alemão falado pelos austríacos! Pronúncia mais cantada e menos agreste. Lembro as operetas do Franz Lehar que por vezes oiço em casa.
(do Diário de Bordo - ainda em Praga)
Espero no restaurante do hotel pelo táxi. Não que a estação seja longe - 10 minutos a pé se tanto - mas chove. Não uma chuva miudinha como a de ontem, mas chove. E depois há a mala - com mais tretas do que o necessário... (desculpa esfarrapada: não sabia que tempo iria encontrar, donde... trouxe de quase tudo!)
Levo boas recordações de Praga, a todos os níveis (ou quase).
Fico com a impressão de que Praga (ou toda a Republica Checa?) esta em transformação, nao tanto urbanística e arquitectonicamente - Berlim, pelo contrário está - mas mais pelas pessoas, pelo ar que se respira. Apenas tenho como comparação Sofia há um bom par de anos atrás: cidade cinzenta, pessoas cinzentas (amorfas? tristes?). Agora em Praga se por um lado se sente a iniciativa privada a funcionar em grande força, continua a encontrar-se "funcionários" (os empregados das casas de banho públicas são, para mim, o paradigma).
Percebe-se que há o cuidado na perservação dos edifícios mais antigos (a arquitectura do início do sec.XX tem uma beleza muito especial e prolonga-se ao longo de imensos quarteirões)
mas depois, repentinamente, encontra-se, paredes meias, enormes edificios, maciços, de arquitectura "sovietica"; em prédios de habitação ou edifícios de serviços, alto-relevos "elogiam" as classes "operárias", os agricultores, os soldados e até os intelectuais - mas tudo cinzento pelo passar dos anos, não limpam a fachada há que tempos, o que torna tudo mais cinzento ainda (alguma espécie de vergonha ou remorso? de querer esconder ou esquecer o passado?).
a contrastar, de modo muito gritante, peças de arte contemporaneas, arrojadas, espalhadas sobretudo pelo centro histórico da cidade.
E agora Viena! (espero por um tempo menos chuvoso)
Boa noite!
2 comentários:
Que vontade de conhecer as capitas da nossa querida Europa.Muito bom o seu "jornal".
venha conhece-las que nao se arrepende, garanto-lhe! se eu tivesse a oportunidade de lhe juntar as fotos entao era garantido que a maria estaria por aqui muito em breve...
Enviar um comentário